Quando a magia da literatura encanta e transforma…

22 de novembro de 2019

…era uma vez uma menina de 11 anos que teve um encontro com a inglesa J.K.Rowling e foi convidada a visitar um mundo encantado. Convite aceito, ela conheceu castelos, escolas de magia, ruas estreitas e sombrias e muita gente estranha. Fez amizade com um bruxinho chamado Harry Potter e, desde então, nunca mais parou de ler um livro após o outro. Foi quando percebeu que, além de ler, também gostava de escrever e começou a criar uma história após a outra.

Hoje com 16 anos, a menina acumula conquistas no mundo das artes: integrando grupo de teatro, em 2018 conquistou o 1º lugar nos Jogos Culturais da OAB. No mesmo ano, conquistou o 4º Concurso de Contos de Santo Ângelo, pelo qual tem publicado “Um chilique por um fio” no livro que reúne os selecionados do referido certame. Também em 2018, recebeu Menção Honrosa no Concurso de Redação da URI e em 2019, integra o grupo de selecionados no Concurso Poema nos Ônibus.

Ingrid Sophie Severo Gurka frequenta o 2º ano do Ensino Médio da Escola da URI-Santo Ângelo e confessa que desde 2014, quando leu toda a saga Harry Potter, a cada ano ela relê a série. “Nos últimos anos leio só alguns livros, pois agora tenho outras obrigações da escola e também busco outros títulos. Mas mantenho ativo um grupo de amigos no Whats App, que nasceu há anos, em virtude da leitura da saga Harry Potter”.

Questionada sobre seus gostos, Ingrid revela que, se pode escolher, prefere autores brasileiros em geral, e, em relação ao tema, ficção. No momento, sua autora predileta é Paula Pimenta. “Eu acho que deveríamos valorizar muito mais os autores brasileiros”. Explicando sua facilidade para a escrita, ela diz que “o fato de gostar de ler ajuda muito a escrever. Só vamos perceber isso quando comparamos o antes e o depois, e vemos nossa evolução nos textos”.

Apesar de se sentir vocacionada para o mundo artístico, pois além de escrever atua no palco desde os seis anos, Ingrid afirma que não pensa em fazer destas atividades uma profissão. “No Brasil, valoriza-se muito pouco a cultura nacional. No geral, as pessoas preferem consumir o que vem de fora. Então, creio ser difícil sobreviver como escritora ou atriz”.

Ingrid diz que após a conclusão do Ensino Médio, pretende dedicar-se um ano ao reforço dos conteúdos escolares, em busca de uma boa nota no ENEM. “Como não quero depender dos meus pais, vou buscar uma profissão com a qual possa ganhar dinheiro suficiente para ser independente. Com autonomia financeira, sonho que poderei, sempre que possível, escrever ou atuar num palco sem preocupação com a sobrevivência”.

Na foto, Ingrid com o livro do 4º Concurso de Contos- 2018- Santo Ângelo/RS, onde consta seu conto premiado “Um chilique por um fio”.