4 de dezembro de 2017
Uma programação recreativa e um almoço de confraternização encerrou na segunda-feira, 4, as atividades de 2016 do Grupo “Transbordar”. O grupo é integrado por estudantes do curso de Psicologia, sob coordenação da professora doutora Andréa Fricke Duarte e equipe de parceiros do CAPS 2. Toda quinta-feira, eles promovem o encontro de usuários de medicação do CAPS em ambientes do câmpus da URI, para uma convivência que inclui oficinas de música, dança, alongamento, gincana, jogo de futebol e teatro.
Segundo a professora Andréa, o grupo ainda atua como projeto experimental e os estudantes são voluntários. “O grupo tem um caráter construtivo, baseado na autoanálise e na autogestão, linha na qual trabalho e que preconiza que a teoria não vem antes. Ou seja, primeiro construímos na prática, enfrentando todos os desafios, acertando as falhas, descobrindo os caminhos. Agora, pretendo encaminhar as atividades como um Projeto de Extensão. Se aprovado, poderemos formalizar muitos aspectos e os alunos que atuam poderão ser estagiários”.
Andréa observa que todo o trabalho nasceu embasado na luta antimanicomial. “Existe uma parceria muito forte entre o curso de Psicologia e o grupo do CAPS. E é emocionante acompanhar os resultados. Fora daqui, os participantes são vistos como um diagnóstico. Aqui, eles passam a ser uma pessoa, com nome, com relações e com uma história. E muitos têm consciência disso, pois manifestam muita alegria ao serem reconhecidos. Uma participante já me disse: “lá fora eu sou vista como um problema. Aqui, vocês sabem meu nome, sabem que sou mãe ..” Este tipo de reação não tem preço!”
Na foto, a professora Andréa (centro) e o grupo de estudantes de Psicologia, pouco antes do almoço que aconteceu no Quiosque da URI.