4 de maio de 2017
Dentro das atividades da 18ª Fenamilho, o curso de Agronomia da URI Santo Ângelo participou, nesta quinta-feira (04), do 1º Encontro Internacional do Cooperativismo, realizado no Parque de Exposições Siegfried Ritter. O evento foi promovido pela OCERGS, SESCOOP/RS e FecoAgro. Os estudantes e professores de Agronomia, bem como os diretores da URI, acompanharam palestra com o engenheiro agrônomo Dirceu Gassen. O Encontro também teve participação de delegação paraguaia, do Instituto Nacional de Cooperativismo do País e da Cooperativa Colônias Unidas.
Inicialmente, o professor José Roberto de Oliveira, da URI Santo Ângelo, falou sobre a experiência de cooperativo nas reduções jesuíticas. “Missões é a primeira experiência do cooperativismo no mundo”, afirmou. Ele ainda destacou que é essencial conhecer a história da região para entender o jeito de ser do missioneiro.
Em sua explanação, o presidente da Cooperativa Colônias Unidas, do Paraguai, Agustín Konrad, falou sobre a necessidade da integração entre os países do Mercosul. Ele também citou a participação de integrantes de 21 nacionalidades em sua cooperativa, e falou de sua satisfação em ser o embaixador do Paraguai na Fenamilho. Ainda, Konrad abordou a problemática da exportação e importação do milho em seu país.
Para o presidente do INCOOP – Instituto Nacional de Cooperativismo do Paraguai, Féliz Hernán Giménez, o milho é um dos alimentos mais importantes para o ser humano. “A participação na Fenamilho é essencial para compartilharmos as experiências”, afirmou. Ele também presentou a documentação e o sistema de trabalho do INCOOP.
Na palestra “Estrangulamentos da Cultura do Milho”, o engenheiro agrônomo Dirceu Gassen destacou alguns pontos problemáticos para o desenvolvimento da cultura do milho. Para ele, há necessidade de evolução das pesquisas sobre a cultura: “Para qualquer evolução, a ciência deve estar em conjunto. Temos que desenvolver nossa própria tecnologia para tratar problemas que só existem na América do Sul”.
Para Gassen, os estrangulamentos da cultura do milho passam por custos, clima e preço. “A soja é tida como a cultura principal, mas o milho deve estar junto no plano para termos alguma estabilidade. Além disso, é um produto que agrega valor, quando combinado na produção de carne. A soja necessita de milho no sistema”, afirmou. Sobre o planejamento da lavoura, ele citou a importância da adubação verde, planejamento para os sistemas de produção, além de organizar e argumentar numa lógica de seguro sobre renda.
O engenheiro agrônomo ainda abordou a importância da exportação para a manutenção da economia: “Estamos vendendo alimentos para a Ásia, temos que nos organizar para ter uma rentabilidade nessa produção. Se há quebra no Paraguai, o Brasil pode entregar qualidade no produto, e vice-versa. Temos que reestruturar o modelo de negócios”.
Ele ainda afirmou a importância da tecnologia para garantir maior produtividade. “É preciso desenvolver valores, ética, apoiar boas práticas e entregar a terra melhor do que recebemos. Nesse sentido o jovem é essencial, porque tem um papel importante na transformação da realidade agrícola”, ressaltou.
Nas fotos acima, a coordenadora do curso de Agronomia, Giselda Ghisleni, com acadêmicos; os diretores da URI, Geral – Gilberto Pacheco; Administrativa – Berenice Rossner Wbatuba – professora do Mestrado em Gestão Estratégica de Organizações, e Acadêmico – Marcelo Stracke, com o Assessor da Direção, Rômulo Madrid de Mello.