Reitor diz que URI precisa se fortalecer

23 de março de 2017

 

O reitor Luiz Mario Silveira Spinelli disse na manhã de quarta-feira, 22, na abertura do IV Ciclo de Formação Continuada para Coordenadores: Gestão Estratégica da Rede Colaborativa da URI em Erechim, abordando o tema “relacionamento e comunicação”, que trata-se de um momento de reflexão e que paradas como esta “são fundamentais para readquirir a confiança e a força”.

Segundo o reitor este é um momento da instituição falar “dela para ela”.  Luiz Mario Spinelli observou que o modelo de gestão da URI foi escolhido tal qual é, e que agora é um momento de “consolidar a URI como ela é!”.

Ainda conforme o reitor, a Universidade tem avançado, mas o caminho jamais se encerra. “Precisamos continuar avançando”. Salientou que a URI hoje está entre as três universidades comunitárias em melhor situação no Estado, em termos econômicos. Segundo informações de consultoria independente “a situação de anos passados não existe mais”.

Luiz Mario Silveira Spinelli insistiu no conceito de fortalecimento da URI. “Nós temos que trabalhar para fortalecer a Universidade”. Fez também uma reflexão sobre pontos importantes para facilitar o relacionamento em todos os setores da instituição, envolvendo todos os atores chamando a atenção para pontos como empatia, interação, reciprocidade, iniciativa, humildade, reconhecimento, perdão, sorriso, sinceridade, conselhos, feedback e gratidão.

Antes da manifestação do reitor, o diretor geral do câmpus, professor Paulo José Sponchiado, saudou a todos fazendo uma reflexão sobre o momento atual que o país atravessa, destacando que as crises não são a questão central, mas sim o que fazemos com ela. Também enalteceu os Ciclos de Gestores como um momento para esclarecer dúvidas e enfrentar desafios.

 

“Universidade, Pesquisa e Propriedade Intelectual”

A palestrante Profa. Dra. Liliana Locatelli, fez uma análise de como se desenvolve a pesquisa na URI, alertando para a necessidade de proteger os resultados no sentido de boas práticas com base na experiência de outras universidades.

De acordo com a palestrante, a URI produz pesquisa de qualidade, mas talvez ainda falte organizar e divulgar de uma forma melhor os resultados, o que é possível.

Destacou que um dos aspectos é avançar em parcerias com empresas, buscando fomento público e privado, mas, observou, “antes temos que estar preparados para proteger e gerir a inovação da pesquisa”.

Sobre a pesquisa no País, segundo a palestrante, Liliana Locatelli, em termos de “produtividade científica, estamos bem”, mas ela mostra-se preocupada quando o assunto é inovação. “Segundo o Índice Global de Inovação, caímos 20 posições em relação a 2011”, observou. A palestrante também discorreu sobre propriedade intelectual, sempre um tema da atualidade.

 

Acessibilidade na URI

À tarde a profª Ms. Anelise Brod, assessora Pedagógica da PROEn, acompanhada da colega, Profa. MS. Márcia Caron dos Santos, faz a apresentação do Programa Institucional de Inclusão e Acessibilidade da URI, que se constitui em um documento norteador com o principal objetivo de apontar as condições necessárias para garantir o acesso e a permanência de alunos com deficiência, transtornos do espectro autista (TEA) e altas habilidades/superdotação na instituição. O Programa Institucional de Inclusão e Acessibilidade foi construído coletiva e colaborativamente com membros representantes das seis unidades da URI, sob a coordenação da reitoria e com a assessoria da Profª Ms. Mirian Dazzi, profissional com ampla experiência e conhecimento acerca do assunto. Na oportunidade, a Equipe de Acessibilidade do Câmpus, representada pela profª Ms. Jacqueline Raquel Bianchi Enricone faz a apresentação das ações desenvolvidas, buscando promover a acessibilidade plena.

 

 

Produção e Geração de Valores na Universidade

À o tema Produção e Geração de Valores na Universidade foi abordado pelos pró-reitores, Prof. Dr. Arnaldo Nogaro, Pró-Reitor de Ensino; Prof. Dr. Giovani Palma Bastos, Pró-Reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação e Prof. Ms. Nestor Henrique de Cesaro, Pró-Reitor de Administração.

 

O pró-reitor de Ensino, Arnaldo Nogaro, apresentou números sobre a produção científica publicada em periódicos, da Universidade através de seus docentes. Disse da importância dessas contribuições para projetar não só os autores, mas a própria instituição. De acordo com o pró-reitor tudo isto também é levado em consideração quando de avaliações. Chamou a atenção de todos para que tenham respostas quando da visita de comissões de avaliadores. “Nós precisamos cultivar e desenvolver um espírito colaborativo na Universidade”, sintetizou Arnaldo Nogaro.

 

O pró-reitor de Administração, Nestor Henrique De Cesaro apresentou números sobre investimentos da URI em Pesquisa e Extensão. Nos últimos cinco anos foram investidos mais de R$ 17,6 milhões em Pesquisa e mais de R$ 17,1 milhões em Extensão. Salientou que a Universidade sempre deve buscar formas de estimular o conhecimento. Defendeu estruturas mais enxutas e a valorização de pequenas ações, bem como a venda dos serviços produzidos pela Universidade.

 

O pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, Giovani Palma Bastos, falou sobre cenários de Pesquisa. “A Pesquisa precisa de incentivos”, disse. Mostrou que em 2016 a URI investiu, do orçamento, mais de R$ 1 milhão em Extensão e mais de R$ 4,1 milhões em pesquisa. Giovani Palma Bastos também discorreu sobre a evolução de grupos, projetos e linhas de pesquisa. Destacou que atualmente, no Brasil, a pesquisa ainda está muito restrita às universidades. “Precisamos avançar para que o trabalho chegue mais às empresas e à sociedade”, salientou. Para o pró-reitor hoje o País vive praticamente um hiato entre produção científica e o real uso da mesma nas empresas. “Quase sempre a empresa não sabe o que a universidade produz”, disse, lembrando que por outro lado a Universidade também precisa aproximar-se mais do mundo empresarial para saber das suas carências. “É preciso haver uma aproximação entre setores e sociedade, e aumentar o impacto da inovação na região, no Estado e no País”, finalizou.

 

Os três pró-reitores enfatizaram claramente a necessidade de todos os envolvidos com a URI de registrarem suas ações. Números, iniciativas e ações nas mais diferentes áreas do conhecimento, precisam estar à disposição não só para futuras avaliações internas e externas, mas para registrar a própria história da Universidade através dos seus feitos. O encerramento do evento no Câmpus de Erechim ocorreu às 16h pela Pró-Reitoria de Ensino.