14 de dezembro de 2022
Realizou uma visita à coordenação do curso de Agronomia da URI Santo Ângelo, o jovem Eduardo Argenta Steinhaus, 24 anos. Egresso da 2ª turma de Agronomia, cuja formatura aconteceu em 2021.
Ele conversou longamente com a professora e coordenadora do curso, Giselda Guisleni, contando detalhes da experiência vivida, por ocasião, do intercâmbio que durou 6 meses na cidade de Plympton, no Estado de Massachusetts, nos Estados Unidos.
A busca por essa oportunidade de estágio surgiu nas aulas de entomologia com o professor Juliano Ricardo Farias, que sempre estimulou essa vivência de um intercâmbio agrícola.
A URI possui convênio com a CAEP e a MAST, empresas que intermedeiam essa internacionalização universitária remunerada, proporcionando atividades práticas em fazendas e empresas agropecuárias no exterior.
Eduardo, após passar por concorrida prova seletiva, chegou à sede da fazenda Sauchuk Farm, na cidade de Plympton, no mês de abril, onde aprimorou seus conhecimentos nas áreas de olericultura e fruticultura.
A propriedade com 80 hectares, possui uma produção exemplar de alimentos como: alface, tomate, abóbora, batata inglesa, ervilha, milho doce, feijão de vagem, mirtilo, amora, framboesa, pêssego e maçã.
A jornada de trabalho do santo-angelense iniciava às 7 horas, com intervalo de 30 minutos para o almoço, sendo concluída só às 16 horas. Durante o estágio, recebeu acomodação e uma remuneração por hora trabalhada (U$ 15,6).
Além de Eduardo, atuavam na fazenda outros dois intercambistas provenientes da Índia e da Ucrânia, mais a equipe efetiva de 10 funcionários.
Chamou a atenção do egresso, de agronomia da URI Santo Ângelo, o processo organizacional da fazenda. Relata que quando chegava para bater o ponto eletrônico, já recebia todo o planejamento de trabalho para aquele dia.
No dia-a-dia da fazenda, o cuidado essencial estava relacionado ao manejo do sistema de produção, incluindo um profundo controle preventivo das cultivares, com a utilização de produtos biológicos, garantindo, dessa maneira, uma planta bem nutrida, resistente e forte.
“Fiquei impressionado com o alto controle de qualidade do produto cultivado, que vai desde o plantio, a maturação dos alimentos, até o momento da colheita. Também a mecanização e a tecnologia empregada, além da grande disponibilidade de variedades agrícolas”.
Também despertou a atenção de Eduardo Steinhaus, a infraestrutura logística de acesso as fazendas daquela região dos Estados Unidos, ou seja, o asfalto chega até a porteira, a fácil conexão com à internet de fibra ótica, além da telefonia celular com tecnologia 5G.
Segundo ele, todos os dias, na entrada da fazenda acontece a Farm Stand, uma espécie de boutique da produção, onde os alimentos colhidos naquele dia, são comercializados de forma direta.
Já no período que vai de setembro a outubro, é tradição nas fazendas do Estado de Massachusetts, o proprietário realizar o Corn Maze (labirinto do milho).
Trata-se de um labirinto gigante dentro da plantação de milho, onde o participante, é obrigado a descobrir o caminho por conta própria.
Esse atrativo agrícola e cultural, movimenta milhares de pessoas nos finais de semana. Relata Eduardo, que as famílias residentes nas cidades maiores, tem por costume levar seus filhos, para passear e conhecer “o dia na fazenda”.
Para ter acesso a propriedade, é preciso pagar um ingresso de aproximadamente U$ 12,00. As crianças se divertem com uma ampla estrutura de visitação, degustação, e a compra de alimentos produzidos na própria fazenda.
Eduardo Argenta Steinhaus, ressalta que esse intercâmbio agrícola, ofereceu uma série de benefícios, como conhecer outra cultura, melhorar o nível do seu inglês, ganhar maturidade, experiência internacional melhorando o seu currículo profissionalmente.
Ele retornou dos Estados Unidos para o Brasil no mês de novembro, pois a partir de janeiro, começa os preparativos do seu mestrado, junto a Universidade Federal de Santa Maria-UFSM.
A coordenadora do Curso de Agronomia da URI Santo Ângelo, Giselda Guisleni, lembra que outros alunos, já formados participam de intercâmbio no exterior.
“Essa oportunidade única, faz o recém-formado desenvolver diversas habilidades que vão além de um novo idioma, enriquecendo sua bagagem cultural, mais autonomia para tomar decisões, ampliação do círculo de amizades, todas relevantes para o seu desenvolvimento pessoal, mas também para sua carreira”.