DOUTORANDA DA URI SANTO ÂNGELO VISITA COMUNIDADES INDÍGENAS NO AMAZONAS

3 de julho de 2023

 

Thaís Maciel de Oliveira, doutoranda pelo Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Direito Ambiental pela URI Santo Ângelo, participou de uma missão de estudos na Universidade Estadual do Amazonas (UEA) entre os dias 28 de janeiro e 9 de fevereiro de 2023.

A missão faz parte do projeto PROCAD/AMAZÔNIA, que estuda os impactos socioambientais da mineração sobre os povos indígenas e comunidades ribeirinhas na região de Humaitá/AM.

Durante a missão, Thaís visitou o Bahserikowi’i – Centro de Medicina Indígena, que atende os pacientes com benzimentos e remédios produzidos por indígenas da etnia Apurinã, sob a orientação do Kumu Ovídio Barreto. Ela também conheceu o povo Tuyuka, que habita a fronteira entre o Brasil e a Colômbia.

Além das visitas às comunidades indígenas, Thaís realizou diversas atividades acadêmicas junto à UEA, como palestras, seminários e reuniões. Ela também visitou o Bosque da Ciência, o Museu da Amazônia (Musa), o Palácio da Justiça e o Centro Cultural dos Povos da Amazônia.

Sobre o que presenciou, a doutoranda ressalta: “Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou…” Essa citação do filósofo Heráclito de Éfeso traduz sua vivência na missão de estudos no âmbito do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia.

Thaís disse que a experiência foi enriquecedora para sua tese e para sua formação pessoal. Ela afirmou que pôde perceber na prática como a mineração clandestina afeta a vida aquática e traz riscos à saúde das populações locais. Ela também destacou as dificuldades e as peculiaridades das diferentes realidades brasileiras.

O projeto PROCAD/AMAZÔNIA é coordenado pelos programas de pós-graduação em Direito da URI Santo Ângelo, da Pontifícia Universidade do Paraná (PUCPR) e da UEA. Ele foi aprovado pela Capes no edital 21/2018 e tem por objetivo estudar os graves impactos socioambientais decorrentes da atividade mineradora na Amazônia sobre os direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais ribeirinhas, com ênfase nos danos causados pela utilização do mercúrio no processo de amalgamação do ouro.