Carne e derivados tem alta de 6,2% e impulsiona cesta básica para alta de 0,9%

12 de dezembro de 2019

No mês de novembro o grupo da carne e derivados (carne bovina, carne de frango, linguiça fresca embalada e presunto magro cozido) obteve o custo total de R$ 184,08, representando uma alta mensal de 6,2%, visto que em outubro o grupo esteve custando R$ 173,37. Essa diferença de preços ocasionou em um aumento significativo no preço final da cesta básica, tendo em conta que o grupo alcançou participação de 23,9% do total. Entre os integrantes do grupo destaca-se o peito de frango com média de custos de R$ 8,97 em novembro e chegando ao preço de até R$ 9,90 o quilo em mercados da cidade sendo que a carne bovina teve pouca queda e pouco influenciou na variação do grupo. Com isso, a carne de frango obteve alta de 17% em comparação ao mês de outubro, no qual esteve custando em média R$ 7,66 o quilo.

Ressalta-se que, num movimento atípico, o RS praticou preços da carne bovina acima da média do mercado brasileiro nos últimos 8 meses, conforme pesquisa realizada pelo SEBRAE, apresentando de forma compensatória uma influência menor no custo da cesta básica nesse último mês.

Relacionado às maiores variações da cesta básica, entre os preços que mais subiram se destaca o tomate com alta mensal de 75,8% e preço médio de R$ 4,87, atingindo o valor máximo de R$ 6,99 o quilo no mês. O hortifrúti havia adquirido a média de R$ 2,77 em outubro e vinha de seis quedas mensais seguidas, ou seja, seu preço não subia desde o mês de abril, quando esteve custando R$ 6,59. Então, o tomate, por mais que tenha alcançado alta mensal, ainda está com o preço abaixo quando comparado ao meses iniciais de 2019. A segunda maior alta ficou por conta da carne de frango.

Quanto as maiores baixas da cesta básica, teve-se o aparelho de barbear (10,6%), a banana (10,6%) e a cebola (37,0%). Ressaltando a cebola que atingiu sua terceira baixa consecutiva e, em agosto, na sua última alta, esteve custando em média R$ 4,97 o quilo. Já em novembro alcançou a média de R$ 1,76, queda de quase 65% entre esses meses. Nesse último mês o produto podia ser encontrado por valores de até R$ 1,37 em mercados da cidade.

Em novembro a cesta custou no total R$ 771,11, apresentando alta mensal de 0,9% e anual de 1,25%. Visto que em outubro custou R$ 764,23 e em novembro do ano passado R$ 761,61. A alta foi principalmente motivada pelo grupo das carnes e derivados e pelo grupo dos materiais de limpeza, esse último que alcançou alta mensal de 3,3% e anual de 0,8%, porém obtendo participação de apenas 3,3%. Entre os grupos que obtiveram baixas, destaca-se os condimentos com 3% de queda mensal e 0,2% anual. Porém não foi muito significativo para a cesta visto que alcançou participação de apenas 0,9% no valor final. Assim como os açúcares e gorduras, com baixa mensal de 2,6% e participação de 5,5%.

A pesquisa que avalia o custo da cesta básica no município de Santo Ângelo é realizada mensalmente pela URI Santo Ângelo nos principais mercados da cidade pelo aluno bolsista Gabriel da Rosa Lütchemeyer, juntamente com as professoras Lucélia Ivonete Juliani e Neusa Maria da Costa Gonçalves Salla.