19 de fevereiro de 2016
Frequentar uma universidade fundada em 1.290 por um rei, que conta entre seus ex-alunos notáveis como Luís de Camões e Eça de Queirós, com certeza é uma experiência marcante.
Foi o que viveu Débora Patrícia Seger, 23 anos, acadêmica do 10º semestre do curso de Direito da URI Santo Ângelo, na Universidade de Coimbra, Portugal.
Selecionada pela média de suas notas e pelo currículo, Débora participou do Programa Santander Íbero-Americano, de setembro a dezembro de 2015.
“Todos deveriam viver esta experiência, diz a intercambista, e para cada um será sempre uma vivência única, pois cada qual tem sua vida aqui no Brasil e, assim, vai comparar e avaliar o intercâmbio de forma diferente”.
Débora frequentou três disciplinas que podem ser aproveitadas no Brasil. “Todas as matérias têm três horas teóricas e duas horas práticas. A Universidade de Coimbra ainda hoje é extremamente tradicional. A biblioteca geral tem 10 andares, com milhares de volumes e a solicitação de um livro deve ser feita no computador, via sistema. Mas os estudantes não têm muito contato nem incentivo à pesquisa como na URI, e o estágio só acontece após a formatura”.
A formanda de Direito diz que a troca de culturas que teve foi extraordinária. “Convivi com brasileiros de diferentes regiões, além de estudantes da Espanha, Itália e Alemanha. Todos os lugares têm qualidades e defeitos, e o intercâmbio me fez comparar e avaliar de outra forma o meu país, a minha região e o meu curso. Podemos e devemos valorizar mais nossa cultura e nossas instituições. Entre as minhas conclusões, posso afirmar que moro na melhor região do país e estudo numa excelente universidade. Agradeço à URI pelo incentivo, apoio e orientação, pois não são em todas as instituições de ensino que se tem oportunidades como esta”.
Em função do intercâmbio, Débora alterou seus planos: pensa em seguir a carreira de docente e advogar.