Professores da URI participam de Jornada de Direitos Humanos em Universidade Argentina

16 de junho de 2016

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Os professores doutores André Leonardo Copetti Santos e Rosângela Angelin, participaram como conferencistas, dia 7 de junho, da Jornada ““Direitos Humanos no Brasil: atualidade e novos desafios”, na Universidade Nacional de Rosário, Argentina.

Após abertura a cargo da secretária de Ciência e Técnica, doutora Erika Nawojczyk e da professora Graciela Rodríguez, a  jornada iniciou com a exposição de André Leonardo Copetti Santos, que refletiu sobre a discrepância entre a normatividade e a aplicação efetiva da lei no âmbito dos Direitos Humanos. Fez uma breve reflexão sobre a atualidade dos Direitos Humanos e do processo militar, afirmando que “lamentavelmente se vincula a violação dos direitos humanos somente na época da ditadura, tanto na Argentina, Uruguai, Chile e mais ainda no Brasil, sem contemplar o presente dos Direitos Humanos, onde muitas vezes são violados os direitos básicos de uma pessoa, como a alimentação ou seu acesso à educação”.

Ao se referir ao processo pós-ditadura, Copetti explicou que “no Brasil houve a lei de anistia onde se buscou que os responsáveis dos crimes de lesa-humanidade não fossem julgados e que as famílias das vítimas somente sejam compensadas economicamente, e isso não pode ser, há todo um debate sobre este tema na atualidade. A Universidade deve participar e abordar estes temas, mais no Brasil e, sobretudo, nas Faculdades de Direito, que são tão conservadoras e dogmáticas. Nas 1500 faculdades de Direito do Brasil, em muito poucas se formam graduados comprometidos com os direitos humanos. A maioria somente forma advogados litigantes e isso é um desafio pela frente”.

O encerramento da jornada esteve a cargo da professora Rosângela Angelin, que desenvolveu sua conferência com foco nos Direitos Humanos e nos movimentos multiculturalistas, como o de mulheres no Brasil, na luta pela erradicação da violência de gênero.

Rosângela também analisou “a estreita relação entre individualismo e consumismo, e a necessidade de construir outras alternativas de participação para um melhor futuro da democracia, sobretudo neste processo político tão complexo que se vive no Brasil com o governo interino”.

Com relação ao futuro dos Direitos Humanos afirmou que o “desafio das Faculdades de Direito e a responsabilidade central das mesmas são e devem ser as pessoas, os seres humanos, formar bons cidadãos comprometidos com a defesa dos Direitos Humanos”.