Experimento científico da URI Santo Ângelo revela produção de trigo 4% maior com adubo organomineral Neorgan e vantagens a longo prazo para o solo

26 de março de 2024

 

O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de trigo do Brasil. Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é de que, embora com uma área um pouco menor de cultivo em 2024, a produtividade média nacional alcance 2,9 toneladas por hectare, representando um incremento de 26% em relação ao ano passado.

O melhor desempenho passa por aperfeiçoamentos em todo o processo, incluindo a adubação, que foi justamente o foco da pesquisa científica desenvolvida pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) – campus Santo Ângelo (RS) – no período de abril a novembro de 2023 e recentemente divulgada pela instituição de ensino.

Sob a coordenação do professor Vitor Cauduro Girardello, mestre em Ciência do Solo e doutor em Engenharia Agrícola, o estudo teve o objetivo de avaliar as diferentes fontes de adubação na produção do trigo, considerando desde a não aplicação de adubo; a mistura de 50% de adubo mineral e 50% de adubo organomineral, 100% adubo mineral e 100% adubo organomineral.

A empresa parceira no fornecimento do fertilizante organomineral para o experimento foi a Neorgan, do Grupo Agrodanieli. A comparação entre 100% adubo mineral e 100% organomineral demonstrou uma diferença de 4% no total de trigo colhido (kg) com a utilização do fertilizante organomineral Neorgan.

“Para níveis de trabalho científico, a diferença não foi significativa. Mas a grande vantagem que merece ser destacada é que o organomineral no longo prazo ainda vai melhorar a qualidade do solo. Então se o receio era de que ele fosse produzir menos, isso vimos que não, até o contrário, produziu um pouco a mais e ainda tem essa interferência positiva no solo”, destaca o professor, que associa a alternativa a novas tendências da agricultura pelas questões ambientais também envolvidas.

“O resultado é muito positivo e valida o trabalho e a atuação da Neorgan, de fazer bem para a cultura e também para o solo”, afirma o gerente comercial Anderson Costa. “Esse é o nosso conceito, sempre entregar mais na parte aérea, sabendo que o produtor está tendo um solo de melhor qualidade, atuando na melhora física, química e biológica através da matéria orgânica”.

O professor Girardello pontua que a composição do fertilizante organomineral favorece o aumento da matéria orgânica do solo. “A gente está colocando carbono no sisitema, então com esse incremento que vem via fertilizantes eu consigo melhorar o desenvolvimento do solo, e por consequência gerar um aumento na produtividade e uma planta com melhor nutrição”. A combinação de fatores deste tratamento é que gera um resultado final satisfatório. “Então eu forneço rapidamente o nutriente, que é a parte mineral, e a longo prazo eu faço o aporte de carbono, que é a constituinte principal da matéria orgânica e que vai manter o meu nível de qualidade do solo sempre alto”, pondera o coordenador da pesquisa, qual envolveu cinco alunos do curso de Agronomia (Ivan Junior Piveta, Gabriela Klidzio Casarin, Kevin Matheus Vieira Marasca, Rafael Henke e Gabriel da Cruz Pieniz).

Localizada em Santo Ângelo, na Região das Missões, a área experimental de 33 hectares contou com 0,6 hectare para essa pesquisa, que recebeu os tratamentos nos padrões estatísticos, não seguindo o modelo de serem colocados lado a lado, como os produtores fazem nas lavouras. No total foram avaliados em 48 parcelas, somando 1.344 m². Além de produtividade, o trabalho contemplou as análises de peso de massa seca, tamanho de espiga, número de espiguetas, massa seca de parte aérea e peso do hectolitro.

O desempenho é comemorado pela Neorgan, que embora seja uma empresa jovem, vem conquistando gradativo aumento da participação no mercado, fruto da aprovação dos produtores rurais que optam pela marca. “O resultado dessa pesquisa significa muito para nós, é o respaldo científico aos relatos que temos dos clientes”, afirma o responsável técnico de vendas Marcos Sommerfeld.

Ele valoriza a credibilidade da URI Santo Ângelo para referendar o sucesso do produto e destaca a imparcialidade da pesquisa, a qual não envolveu nenhum tipo de pagamento por parte da empresa. Além do trigo, a universidade também está desenvolvendo estudos práticos de fertilização e saúde do solo com a soja, cujos resultados preliminares já saíram e também são positivos. “Já temos essa pesquisa para o trigo como cultura de inverno e teremos as análises científicas para as culturas subsequentes de verão, como a soja após a colheita. “Por isso teremos a continuidade desse trabalho, sempre buscando uma melhor eficiência na quantificação dos resultados”. A tabulação e divulgação do relatório estão previstos para a segunda quinzena de abril. Conforme Costa, a expectativa é otimista para os resultados do fim dessa segunda safra de soja, atestando o incremento da produtividade e melhorando o solo através do aporte de matéria orgânica com o fertilizante organomineral.