Ciências Biológicas da URI faz Inventário da Fauna no Distrito de Buriti

8 de novembro de 2017

  

As acadêmicas do curso de Bacharelado Ciências Biológicas da URI Santo Ângelo, Bruna Amaral, Fernanda Hoppen e Sâmia Leticia da Cruz, orientadas pela professora mestre Briseidy Marchesan Soares, estão realizando um inventário de fauna no Santuário Nossa Senhora de Fátima, no Distrito da Buriti, Santo Ângelo. A pesquisa envolve o levantamento de borboletas (Ordem Lepidoptera), aranhas (Ordem Araneae) e sapos, rãs e pererecas (Classe Anura). Esses levantamentos de fauna têm como objetivo inventariar a riqueza das espécies de borboletas, aranhas, sapos, rãs e pererecas que vivem na região das Missões e conhecer o seu comportamento e sua interação com o meio ambiente.

  

A amostragem dos anuros é noturna e são realizadas através de caminhadas aplicando o método de busca ativa (visualização dos animais) e a procura auditiva (gravação da vocalização) dos sapos, rãs e pererecas. Os animais não são coletados do ambiente e a identificação é realizada no local através de registro fotográfico e vocalização.

  

As amostragens das borboletas (Lepidoptera) iniciaram em setembro de 2017 no horário das 9h30min às 15h30min período que elas se encontram ativas em busca de alimento. A área da pesquisa é um fragmento de Mata Atlântica, no distrito Buriti, onde foram selecionados 10 pontos para a realização da busca das borboletas utilizando uma rede entomológica, conhecida como puçá. Os indivíduos coletados estão sendo identificados no laboratório de Zoologia da URI onde ficaram depositados.

  

Para a amostragem das aranhas foram delimitados nove pontos em toda a área onde na vegetação arbóreo-arbustiva, é utilizado um guarda-chuva entomológico. Esta estrutura é colocada sob arbustos ou ramos que são agitados com um bastão, de forma a provocar a queda das aranhas sobre o tecido, e assim coletar em um pote com álcool 70%. Os animais estão sendo identificados em nível de família no laboratório de Zoologia da URI Santo Ângelo.

A professora Briseidy observa que “através dessas pesquisas estaremos conhecendo a comunidade de borboletas, aranhas, sapos, rãs e pererecas locais, podendo dar continuidade a diversas pesquisas relacionadas aos aspectos biológicos e ecológicos, pois eles são considerados bons indicadores de qualidade ambiental. Os resultados preliminares da pesquisa nos mostram uma grande diversidade de espécies na área em estudo”.