Alunos de Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais Participam de Aula Especial sobre Endoscopia Digestiva Alta

13 de setembro de 2024

 

Na terça-feira dia 10 de setembro, os alunos da disciplina de Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais, ministrada pela professora Cristiane Teichmann, tiveram a oportunidade de participar de uma aula especial sobre Endoscopia Digestiva Alta em Cães e Gatos. A aula foi conduzida pela médica veterinária Betina Kusma, que trouxe uma abordagem prática e teórica sobre o procedimento.

Durante a aula, os alunos receberam uma base teórica sólida sobre as indicações, técnicas e equipamentos utilizados em endoscopias digestivas. Foram discutidas as principais patologias diagnosticadas através do procedimento, como gastrite, úlceras gástricas, corpos estranhos, tumores gastrointestinais, doenças inflamatórias intestinais (DII) e hérnia de hiato.

Em seguida, foi realizado um treinamento prático, onde os estudantes puderam aplicar o conhecimento adquirido manipulando peças anatômicas. Essa experiência prática proporcionou uma imersão realista nas etapas do procedimento, fortalecendo o aprendizado e desenvolvendo habilidades essenciais para o manejo clínico e cirúrgico de pequenos animais.

A endoscopia digestiva alta é um procedimento diagnóstico minimamente invasivo que permite visualizar o interior do trato gastrointestinal superior, abrangendo o esôfago, estômago e, em alguns casos, a primeira parte do intestino delgado (duodeno). Em cães e gatos, é amplamente utilizada para avaliar problemas gastrointestinais, como vômitos crônicos, perda de apetite, dor abdominal e dificuldade para engolir.

A endoscopia digestiva alta é indicada para o diagnóstico de diversas condições, como:

“Gastrite”: inflamação da mucosa gástrica.

“Úlceras gástricas”: lesões no revestimento do estômago.

“Corpos estranhos”: objetos ingeridos que ficam presos no esôfago ou estômago.

“Tumores gastrointestinais”: suspeitas de neoplasias ou massas.

“Doenças inflamatórias intestinais (DII)”: inflamações crônicas no trato digestivo.

“Hérnia de hiato”: deslocamento de parte do estômago para o tórax através do diafragma.

Como é realizada

  1. Anestesia geral: Para garantir segurança e imobilidade, o animal é anestesiado.
  2. Inserção do endoscópio: Um endoscópio flexível, que é uma câmera conectada a um tubo fino e longo, é inserido pela boca do animal e guiado através do esôfago, estômago e, se necessário, até o duodeno.
  3. Visualização e coleta de amostras: A câmera transmite imagens em tempo real para um monitor, permitindo ao veterinário examinar a mucosa interna do trato digestivo. O veterinário pode também coletar biópsias de tecidos para análises laboratoriais.
  4. Remoção de corpos estranhos: Se forem encontrados corpos estranhos, o endoscópio pode ser usado para removê-los, evitando a necessidade de uma cirurgia invasiva.

Benefícios

Diagnóstico preciso e visualização direta: A endoscopia permite a observação direta de lesões, inflamações ou massas.

Minimamente invasiva: Ao contrário da cirurgia exploratória, a endoscopia não requer grandes incisões, resultando em uma recuperação mais rápida.

Coleta de amostras: Facilita a obtenção de biópsias, essencial para o diagnóstico definitivo de muitas doenças gastrointestinais.

Treinamento Prático

Em um ambiente acadêmico, como no caso da aula mencionada, os alunos praticam em peças anatômicas ou simuladores, aprendendo a manusear o endoscópio e a interpretar as imagens geradas pelo equipamento. Isso proporciona aos futuros veterinários a experiência necessária para realizar o procedimento com segurança em pacientes reais.

A aula especial foi considerada um sucesso, proporcionando aos alunos uma valiosa oportunidade de aprendizado prático e teórico, essencial para sua formação profissional.