9 de outubro de 2019
Acadêmicos e professores do curso de Ciências Biológicas da URI Santo Ângelo regressaram recentemente de mais uma viagem de estudos na praia de Imbituba (SC), onde anualmente fazem a observação e estudo das baleias francas.
As baleias francas são cetáceos de grande tamanho, podendo atingir mais de 17 metros de comprimento e com peso em torno de 60 toneladas. O “borrifo” que fazem é bastante característico, em forma de V, resultante do ar aquecido expelido pelos pulmões, via espiráculos. A altura do borrifo pode atingir 5 a 8 metros e é observando-o que podemos identificar as baleias francas na água. Esse borrifo ocorre a cada 5 minutos.
As baleias francas buscam as regiões costeiras, como a costa do Brasil, onde se concentram para o acasalamento, a parição e amamentação de seus filhotes, nascidos no ano subsequente à fecundação. Estima-se que a fecundação da espécie esteja em torno dos 12 meses, que corresponderia a sazonalidade de sua migração de retorno às áreas de reprodução, onde permanecem no inverno e na primavera.
A reprodução é poliândrica, ou seja, o acasalamento ocorre com diversos machos cortejando uma única fêmea, que tenta evitar a cópula posicionando-se na superfície com o ventre para cima, sendo que em águas brasileiras grupos de acasalamento são comumente avistados ao longo da costa do RS.
Os filhotes nascem normalmente entre junho e dezembro, já com cerca de 5 metros de comprimento e pesando entre 4 e 5 toneladas. Nas primeiras semanas de vida o filhote pode adquirir cerca de 50 Kg/dia de peso, graças ao leite, rico em gordura, proporcionado pela mãe.
Alguns filhotes passam todo o ano seguinte ao nascimento na companhia da mãe, separando-se desta somente no retorno à área de reprodução.
No final de novembro as baleias francas retornam as suas áreas de alimentação.
Os universitários foram acompanhados das professoras Briseidy Marchesan Soares, Lorete Thomas Flores, Ângela Hübert Neufeld Vieira e Núbia Weber Freitas.
