REIFICAÇÃO E APOROFOBIA DAS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: UMA ANÁLISE DO DECRETO Nº 7.053/2009 E DA ADPF N. 976, A PARTIR DO PERCURSO DO RECONHECIMENTO DE AXEL HONETH
DOI:
https://doi.org/10.31512/rdc.v20i50.2106Palavras-chave:
População em Situação de Rua, Reconhecimento, Reificação, Aporofobia, Política PúblicaResumo
O estudo objetiva investigar a Política Nacional para a População em Situação de Rua definida no Decreto n. 7.053/2009, confrontando-a com a discussão ocorrida na ADPF n. 976 e com a teoria do reconhecimento de Axel Honneth. Como problema central a pesquisa questiona: Em que medida a Política Nacional para a População em Situação de Rua (P.N.P.S.R), instituída pelo Decreto n. 7.053/2009, ao restringir-se a um reconhecimento normativo parcial, contribui para a manutenção de um déficit prático que reforça a reificação e a aporofobia estrutural contra esse grupo, conforme evidenciado nas violações sistêmicas analisadas na ADPF n. 976? E elege como hipótese que a referida política evidencia apenas o reconhecimento parcial – normativo – das pessoas em situação de rua, permanecendo um déficit prático que pode indicar a reificação desse grupo populacional, além de revelar aporofobia, conforme destacado na ADPF n. 976. A pesquisa utilizará o método hipotético-dedutivo, com análise qualitativa de material bibliográfico. Os resultados indicam que a Política Nacional para a População em Situação de Rua estabelecida pelo Decreto n. 7.053/2009 não é capaz, isoladamente, de garantir o reconhecimento pleno dessas pessoas no Brasil, o que sugere a ocorrência de reificação e aporofobia no acolhimento a essa parcela da população.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Copyright (c) 2025 Marcelino Meleu, Aleteia Hummes Thaines, Charlote Ines Schaefer

Este trabalho está licensiado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.