A SOMBRA DA HISTÓRIA COMO ÓBICE À CONCRETIZAÇÃO DOS DIREITOS INDÍGENAS

Autores

  • Osmar Veronese Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Santo Ângelo, RS, Brasil
  • Marcelo Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande, RS, Brasil http://orcid.org/0000-0001-9341-7689

DOI:

https://doi.org/10.20912/rdc.v17i43.1019

Resumo

O presente artigo analisa de que forma a subordinação e exclusão históricas seguem agindo de modo a obstar a concretização da autonomia e dos direitos dos povos indígenas no contexto do Estado brasileiro, especialmente pela falta de reconhecimento do outro. A pergunta que guia a investigação é: a “sombra da história”, que impede a efetivação dos direitos indígenas, pode ser removida por políticas públicas e movimentos culturais de reconhecimento da diversidade na formação do Brasil? Em busca de respostas, examina-se aspectos históricos do tratamento dispensado a esses povos até a promulgação da Constituição Federal de 1988, importante marco na defesa da diversidade e dos direitos indígenas, indicando o passado como represa para a concretização dos direitos indígenas no presente. Aponta-se a autonomia como fator emancipatório das culturas indígenas e a necessidade de se construir um paradigma de alteridade e reconhecimento no meio coletivo. Para além de uma boa normatização, impõe-se mudanças culturais, superando o mofo e dando vazão ao novo, ao emancipatório. Nessa busca, adotou-se o método de abordagem hipotético-dedutivo, a partir de revisões bibliográficas e documentais.

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Biografia do Autor

Osmar Veronese, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Santo Ângelo, RS, Brasil

Doutor em Modernización de las Instituciones y Nuevas Perspectivas en Derechos Fundamentales pela Universidad de Valladolid/Espanha (2011), com diploma revalidado pela Universidade Federal de Pernambuco (2012). Mestre em Sociedade e Estado em Perspectiva de Integração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998). Graduado em Direito pelo Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (1991) e em Tecnologia Agronômica, Modalidade Cooperativismo, pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1986). Professor de Direito Constitucional na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI (1999), integrando o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado e Doutorado em Direito. Procurador da República, Ministério Público Federal (1997). Líder do Grupo de Pesquisa ?Direitos de Minorias, Movimentos Sociais e Políticas Públicas?, com registro no CNPQ, vinculado à linha de pesquisa Direito e Multiculturalismo, do PPG ? Mestrado e Doutorado em Direito da URI/Santo Ângelo/RS. Autor dos livros ?Constituição: reformar para que(m)? e ?Inviolabilidade parlamentar: do senador ao vereador?, publicados pela Editora Livraria do Advogado; e ?Constituição: um olhar sobre minorias vinculadas à seguridade social? (em coautoria com Jane Berwanger) e ?Indígenas no Brasil: (In)Visibilidade Social e Jurídica? (em coautoria com Ederson Nadir Pires Dornelles e Fabiano Prado de Brum), publicados pela Editora Juruá. Tem experiência na área do Direito, com ênfase em Direito Constitucional e Multiculturalismo.

Marcelo , Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande, RS, Brasil

Mestrando em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Direito Constitucional pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Especialista em Direito Eleitoral pelo Instituto para o Desenvolvimento Democrático (IDDE). Pesquisador do Laboratório e Grupo de Estudos em Relações Interétnicas (LAGERI) da Universidade de Brasília (UNB). Servidor de carreira da Justiça Eleitoral do Mato Grosso do Sul.

Publicado

2022-12-15

Como Citar

Veronese, O., & Souza, M. J. de . (2022). A SOMBRA DA HISTÓRIA COMO ÓBICE À CONCRETIZAÇÃO DOS DIREITOS INDÍGENAS. Revista Direitos Culturais, 17(43), 197-215. https://doi.org/10.20912/rdc.v17i43.1019

Edição

Seção

Artigos