A OBRIGATORIEDADE DO PASSAPORTE DE VACINA CONTRA A COVID-19

UMA ANÁLISE DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS SOB A PERSPECTIVA DA INTEGRIDADE DO DIREITO DE RONALD DWORKIN

Autores

  • James Ricardo Ferreira Piloto Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, São Paulo, SP, Brasil
  • Alexandre de Castro Coura Faculdade de Direito de Vitória, Vitória, ES, Brasil https://orcid.org/0000-0001-7712-3306

DOI:

https://doi.org/10.31512/rdj.v23i45.949

Palavras-chave:

Pandemia, Passaporte Sanitário, Estado, Vacina, Direito

Resumo

O mundo convive com uma nova pandemia que trouxe o adoecimento e morte de milhões de pessoas. Até o momento, a melhor opção para conter a disseminação do coronavírus é a vacinação em massa da população, visando à imunidade coletiva. Entretanto, algumas pessoas se recusam a tomar a vacina, comprometendo não apenas sua segurança, mas também a de toda a coletividade. Nesse contexto, o presente artigo aborda o seguinte problema: o Estado pode exigir dos indivíduos a apresentação do passaporte de vacina contra a Covid-19 para acesso a ambientes coletivos? A hipótese consiste em afirmar que o Estado deve priorizar ações no sentido de preservar a saúde da coletividade e impor medidas para atingir tal objetivo. Dessa forma, o direito individual em face da preservação da saúde da coletividade pode sofrer algumas limitações. Os objetivos consistem em: (i) descrever o Direito como instrumento de pacificação social em face dos conflitos surgidos em torno da vacinação para conter a pandemia da Covid-19; (ii) identificar os dispositivos de proteção à saúde presentes no ordenamento jurídico brasileiro; e (iii) analisar a obrigatoriedade do passaporte de vacina contra a Covid-19 para acessar ambientes coletivos sob o prisma da integridade do Direito de Dworkin. O estudo se dará a partir do marco teórico de Ronald Dworkin. O método de pesquisa é o hipotético-dedutivo. O método de procedimento dar-se-á por meio de revisão de bibliográfica em textos, que abordam o tema, e conclui-se, sob a óptica da integridade do Direito, que poderá ser exigido o passaporte sanitário com o intuito de oferecer proteção coletiva e que o Estado, na sua função de promover a pacificação social, necessita regulamentar o passaporte sanitário como medida de contenção da disseminação da Covid-19.

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Biografia do Autor

Alexandre de Castro Coura , Faculdade de Direito de Vitória, Vitória, ES, Brasil

Realizou pós-doutorado como visiting scholar na American University Washington College of Law e visiting foreign judicial fellow no Centro Judiciário Federal em Washington D.C.  Doutor e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi professor efetivo (Adjunto nível II) do Departamento de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Atualmente é professor permanente do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu - Mestrado e Doutorado - da Faculdade de Direito de Vitória (FDV), líder do Grupo de Pesquisa Hermenêutica Jurídica e Jurisdição Constitucional (FDV/CNPq) e promotor de justiça (ES). Tem experiência nas áreas de Teoria do Direito e Direito Público, com ênfase em Direito Constitucional. Desenvolve e orienta pesquisas relacionadas a direitos e garantias fundamentais, hermenêutica jurídica, jurisdição constitucional e democracia. 

Publicado

2023-05-02

Como Citar

Piloto, J. R. F. ., & Coura , A. de C. . (2023). A OBRIGATORIEDADE DO PASSAPORTE DE VACINA CONTRA A COVID-19: UMA ANÁLISE DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS SOB A PERSPECTIVA DA INTEGRIDADE DO DIREITO DE RONALD DWORKIN. Revista Direito E Justiça: Reflexões Sociojurídicas, 23(45), 101-122. https://doi.org/10.31512/rdj.v23i45.949

Edição

Seção

ARTIGOS