Revista Direito e Justiça: Reflexões Sociojurídicas https://san.uri.br/revistas/index.php/direitoejustica <p>A <em>Revista Direito e Justiça: Reflexões Sociojurídicas</em>, <strong>classificada como A4 pelo Qualis Periódicos da CAPES</strong>, tem como objetivo atuar como instrumento de propagação das reflexões e construções do conhecimento acerca dos Novos Direitos, estimulando o debate, o questionamento e o desenvolvimento dos processos formativos dos operadores e investigadores jurídicos, como forma de integração entre a universidade e o mundo da vida voltada para a potencialização dos processos de constituição da cidadania e da democracia, dirigindo-se tanto ao público acadêmico, como a profissionais e de outras áreas jurídicas e sociológicas.</p> Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões pt-BR Revista Direito e Justiça: Reflexões Sociojurídicas 1676-8558 OS DESAFIOS JURÍDICOS AO EXERCÍCIO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO ANTE O FENÔMENO DAS FAKE NEWS https://san.uri.br/revistas/index.php/direitoejustica/article/view/1248 <p>O fenômeno das fake news e os parâmetros da liberdade de expressão são temas inerentes ao atual contexto social de desenvolvimento tecnológico, em face disso, os direitos de personalidade, a integridade das instituições democráticas e o próprio Estado de Direito passaram a ser alvos das propagações de fatos inverídicos extremamente danosos. Objetivou-se analisar o fenômeno das <em>fake news</em> e seus impactos sociopolíticos, a partir da ótica do direito fundamental à liberdade de expressão como paradigma para o estabelecimento de controle às <em>fake news</em> sob a perspectiva de potenciais limitações à própria liberdade de expressão. Quanto à metodologia, foi adotada uma abordagem qualitativa, em direito, junto a realização de uma revisão teórico-bibliográfica bem como a partir do uso do método documental, se configurando como exploratória quanto aos objetivos e de natureza pura. A partir desta pesquisa, demonstrou-se, através do estudo do ordenamento jurídico brasileiro, a inexistência de normas que disciplinem diretamente o fenômeno abordado, havendo, no entanto, previsões legislativas que tratam do tema de modo reflexo, com ênfase na Lei 12.965/2014 Marco Civil da Internet, Lei 4.737/1965 - Código Eleitoral e Lei 9.504 - Lei Geral das Eleições. O estudo evidencia que ante a inexistência de normas que tratam da matéria de modo direto, evidenciou-se que o ordenamento jurídico brasileiro carece de uma norma que possa disciplinar a matéria e, ao mesmo tempo, respeitar os limites estabelecidos pelo texto constitucional.</p> Sulli Silva Sales Manoel de Castro Carneiro Neto Décio Pimentel Gomes Sampaio Sales Copyright (c) 2024 Sulli Silva Sales, Manoel de Castro Carneiro Neto, Décio Pimentel Gomes Sampaio Sales https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-30 2024-12-30 24 50 5 25 10.31512/rdj.v24i50.1248 UMA ANÁLISE DOS DIREITOS HUMANOS A PARTIR DE “A LUTA PELO DIREITO”, DE RUDOLF VON IHERING https://san.uri.br/revistas/index.php/direitoejustica/article/view/1500 <p>Este artigo analisa a obra “A luta pelo direito”, do alemão Rudolf von Ihering, a partir de uma perspectiva em direitos humanos. Este estudo tentará encontrar possibilidades de conexão entre o clássico em pauta e a evolução atual dos direitos humanos fundamentais. A dinâmica, ou a construção deste texto, foi montada de forma linear ao título estudado; ou seja, partir-se-á do capítulo 1 de “A luta pelo direito” em direção ao capítulo 5, sem reorganização do conteúdo, na tentativa de apresentar um trabalho cronológico, o mais honesto possível e em consonância à evolução dissertativa que Ihering seguiu em sua <em>magnum opus</em>. Intentar-se-á, ao fim da análise, concluir: se o resultado do paralelo entre “A luta pelo direito” e os direitos humanos foi positivo; e de que forma o estudo em direitos humanos poderia ser enriquecido a partir de tal autor. Trata-se de um artigo exploratório e de caráter eminentemente bibliográfico.</p> <p>Palavras-chave: Direitos humanos. Ihering. Sub-humanos. A luta pelo direito.</p> Schleiden Nunes Pimenta Fernando Alves Copyright (c) 2024 Schleiden Nunes Pimenta, Fernando de Brito Alves https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-30 2024-12-30 24 50 27 46 10.31512/rdj.v24i50.1500 LIBERALISMO E ESTADO DE DIREITO https://san.uri.br/revistas/index.php/direitoejustica/article/view/1525 <p>Após o fim da Idade Média, vislumbra<strong>-</strong>se paradigmático rompimento com a visão de mundo filosófico-teológica. Enquanto na Europa, liberalismo e Estado de Direito subsidiam eventos históricos revolucionários, em <em>terra brasilis,</em> são objeto de manipulação pelas elites agrárias, que desejam reordenar arcaicas estruturas políticas e manter intactas relações de dominação herdadas de Portugal. Com efeito, o presente artigo postula analisar, comparativamente, as conotações conferidas ao liberalismo e ao Estado de Direito na Europa e no Brasil pós-independência, evidenciando as contradições existentes em ambos os processos. Para tanto, emprega-se o método histórico e a técnica de revisão bibliográfica.</p> Williem da Silva Barreto Júnior Sérgio Urquhart de Cademartori Daniela Mesquita Leutchuk de Cademartori Copyright (c) 2024 Williem da Silva Barreto Júnior, Sérgio Urquhart de Cademartori, Daniela Mesquita Leutchuk de Cademartori https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-30 2024-12-30 24 50 47 58 10.31512/rdj.v24i50.1525 O PROJETO DE EXTENSÃO EM MEDIAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL ENQUANTO MECANISMO CONCRETIZADOR DE ACESSO À JUSTIÇA NA COMARCA DE SANTA CRUZ DO SUL https://san.uri.br/revistas/index.php/direitoejustica/article/view/1869 <p>As relações sociais são permeadas por conflitos, desde os primórdios da sociedade. Neste sentido, são evidenciados conflitos entre familiares, vizinhos, grupos étnicos, no ambiente de trabalho, nas comunidades e também entre as nações. Os conflitos se mal administrados, geram custos físicos, emocionais e financeiros. O projeto de extensão em mediação desenvolvido pela Universidade de Santa Cruz do Sul em parceria com a Defensoria Pública e o Gabinete de Assistência Judiciária da UNISC, abrange os municípios de Gramado Xavier, Herveiras, Passo do Sobrado, Santa Cruz do Sul e Sinimbu, realizando um tratamento adequado para os conflitos, mediante aplicação de técnicas de mediação, de forma consensuada, autônoma e democrática. Posto isso, a problemática de pesquisa que se apresente é: A mediação desenvolvida no projeto de extensão da Universidade de Santa Cruz do Sul, que atende os 05 (cinco) municípios jurisdicionados da Comarca, pode ser considerada um mecanismo de acesso à justiça? Será utilizado o método dedutivo, partindo de uma análise geral acerca do projeto de extensão em mediação, e analisar se a mediação realizada pela prática extensionista é um mecanismo concretizador de acesso à justiça; como técnica de pesquisa, será utilizada a bibliográfica. Ao final será possível concluir que, o projeto de extensão em mediação proporciona à população um meio célere e humanizado de acesso à justiça, retomando o diálogo entre os conflitantes e permitindo o tratamento dos conflitos sem judicializa-los, de forma gratuita, com qualidade, fortalecendo o sistema de justiça e unificando o tripé acadêmico entre ensino, pesquisa e extensão.</p> Thyery Rossales Soares Fabiana Marion Spengler Copyright (c) 2024 Thyery Rossales Soares, Fabiana Marion Spengler https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-30 2024-12-30 24 50 59 80 10.31512/rdj.v24i50.1869 QUEM CONTROLA OS CORPOS INTERSEXO? https://san.uri.br/revistas/index.php/direitoejustica/article/view/1888 <p>A “verdade” é uma construção social e política. A partir da construção de discursos jurídicos e acadêmicos, a sociedade busca controlar os “corpos” e as pessoas. Dessa forma, nossa sociedade, pautada no Binarismo de Gênero e Sexual, definiu como padrões de identidade de sexo biológico o “feminino” e o “masculino”, de modo que todos aqueles que fogem a este padrão devem ser “corrigidos”, “curados”. Assim acontece com os neonatos intersexo, que são submetidos à cirurgia de “adequação sexual” logo após o nascimento, com fins de se encaixarem dentro dos padrões binários. Tratam-se de cirurgias irreversíveis, e desnecessárias ao desenvolvimento saudável da criança, de modo que interferem no direito à autodeterminação e ao próprio corpo, cujo direito de disposição deveria pertencer somente ao seu titular, e não aos seus representantes. Para o desenvolvimento do artigo, utilizou-se do método cartesiano/dedutivo e da pesquisa qualitativa, descritiva e bibliográfica.</p> Luciano Lavor Terto Junior Miguel Horvath Júnior Álvaro de Azevedo Gonzaga Copyright (c) 2024 Luciano Lavor Terto Junior, Miguel Horvath Júnior , Álvaro de Azevedo Gonzaga https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-30 2024-12-30 24 50 81 101 10.31512/rdj.v24i50.1888 DAS DECISÕES JUDICIAIS E ATUAÇÃO DO MAGISTRADO https://san.uri.br/revistas/index.php/direitoejustica/article/view/1949 <p>O presente artigo visa analisar o papel do juiz frente ao dever legal de fundamentação das decisões judiciais, a fim de demonstrar seu papel como intérprete do ordenamento jurídico brasileiro, ressaltando a importância de sua atuação perante a sociedade civil. Nesse ponto, abordou-se a contribuição da hermenêutica jurídica na interpretação das normas legais, bem como a necessidade de simplificação da linguagem jurídica utilizada nas decisões proferidas pelo magistrado, que constitui verdadeiro obstáculo ao exercício da cidadania. A abordagem adotada na pesquisa foi a qualitativa, com método hipotético-dedutivo, empregando como procedimentos técnicos o bibliográfico e o documental. Como resultado, observa-se que ao juiz cabe a interpretação das leis, sua adaptação à realidade social e a justificativa do Direito aplicado na decisão processual, promovendo, assim, a Justiça e garantindo segurança jurídica por intermédio de uma linguagem clara e objetiva, possibilitando aos cidadãos o pleno acesso à Justiça.</p> Laura Zimmermann de Souza Pedro Trindade Petersen Antonio Escandiel de Souza Copyright (c) 2024 Laura Zimmermann de Souza, Pedro Trindade Petersen, Antonio Escandiel de Souza https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-30 2024-12-30 24 50 103 119 10.31512/rdj.v24i50.1949