O MANDADO DE INJUNÇÃO À LUZ DAS TEORIAS DAS LUTAS POR RECONHECIMENTO DAS COMUNIDADES LGTBQ+

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31512/rdj.v21i40.410

Resumo

Transcorridos mais de 30 anos da promulgação da Constituição Federal de 1988, faz-se necessária a análise de um dos instrumentos capazes de combater a inconstitucionalidade por omissão do legislador, qual seja: o mandado de injunção. Diante da crise político-representativa e financeira dos poderes da República vivenciada no país e da já propagada morosidade no processo de criação de leis, além do descrédito em razão dos sucessivos escândalos perante a sociedade, o Judiciário passou a se destacar na garantia e provisão dos direitos fundamentais para com a coletividade, adotando uma postura mais ativista tendo em vista a inércia do Legislativo, e, também, do Executivo, participando de forma mais ampla e proativa na concretização dos valores e fins constitucionais. Entre as questões alçadas ao Supremo Tribunal Federal, partindo-se do pressuposto de ser matéria disciplinada por norma constitucional, está o caso do julgamento do MI nº 4733-DF, no qual se apreciou a existência de omissão inconstitucional do Congresso Nacional em criminalizar a homofobia e a transfobia. Na ocasião ficou firmada a aplicabilidade subsidiária da lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor para esse fim. Neste contexto serão utilizadas pesquisas bibliográficas, documentais e qualitativas, além do método dedutivo, para analisar o Mandado de Injunção como instrumento institucional, à luz da teoria da luta por reconhecimento de Axel Honneth, componente contemporâneo essencial do conceito jurídico e filosófico do princípio da igualdade, bem como a sua aptidão para efetivar a proteção à auto-realização e à busca do direto à concreção da cidadania da população LGBTQ+.

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Biografia do Autor

Felipe Freitas de Araújo Alves, Universidade de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil

Mestrando do Programa de Mestrado em Direitos Coletivos e Cidadania da Universidade de Ribeirão Preto/SP; Especialista em Direito Constitucional pela Faculdade Futura; Graduado em Direito pela Universidade Paulista, Graduado em Filosofia pela Faculdade Católica de Fortaleza; Graduado em Teologia pelo Centro Universitário Internacional. 

Ana Patricia Ribeiro Approbato, Universidade de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil

Mestranda do Programa de Mestrado em Direitos Coletivos e Cidadania da Universidade de Ribeirão Preto/SP; Graduado em Direito pela Universidade Paulista. 

Maria Cristina Vidotte Blanco Tarrega, Universidade de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil

Mestre em Direito Civil e Doutora em Direito Empresarial pela PUC SP, é professora titular da Universidade Federal de Goiás, nos Programas de Pós Graduação em Direito Agrário e no Doutorado da Rede Pro Centro Oeste de Biotecnologia Biodiversidade, e no Programa de Mestrado da Universidade de Ribeirão Preto.

Publicado

2021-05-24

Como Citar

Alves, F. F. de A. ., Approbato, A. P. R. ., & Tarrega, M. C. V. B. . (2021). O MANDADO DE INJUNÇÃO À LUZ DAS TEORIAS DAS LUTAS POR RECONHECIMENTO DAS COMUNIDADES LGTBQ+. Revista Direito E Justiça: Reflexões Sociojurídicas, 21(40), 195-207. https://doi.org/10.31512/rdj.v21i40.410

Edição

Seção

ARTIGOS