INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM COMUNIDADES INDÍGENAS
UMA PERSPECTIVA DA BIOMEDICINA E SEUS DESAFIOS NA SAÚDE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.31512/missioneira.v27i2.2432Resumo
O perfil epidemiológico das ISTs da sociedade indígena é marcado por altas taxas de incidência e letalidade onde observa-se que os indígenas estão mantendo contatos sexuais mais frequentes com populações vizinhas, o que aumenta o risco de infecção por HIV/AIDS e outras ISTs, soma-se a isso a dificuldade do acesso da equipe de saúde a comunidade indígena. O objetivo do estudo é descrever as ações desafiadoras encontradas na prevenção e controle das infecções sexualmente transmissíveis na população indígena na visão da biomedicina. Trata-se de uma revisão integrativa, com buscas dos dados na LILACS, SciELO, PUBMED, documentos e sites oficiais do Ministério da Saúde. Foi possível obervar que a concepção de saúde-doença pela população indígena é claramente diferente da percepção da medicina ocidental. Isso acarreta dificuldade na articulação conjunta dessas duas formas de cuidado, tornando-se uma problemática frequente. Quanto a prevalência e agentes mais frequentes, estudos recentes mostram que, além do HIV, há elevada presença de sífilis, hepatites virais e infecções por Neisseria gonorrhoeae/Chlamydia trachomatis em várias comunidades indígenas da Amazônia. Em áreas remotas da Amazônia e em aldeias de difícil acesso, o transporte de pacientes, amostras e insumos (testes, vacinas, medicamentos) é limitado, o que atrasa diagnóstico, confirmações laboratoriais e tratamento. as estratégias biomédicas implementadas entre 2020 e 2025 vêm promovendo avanços significativos, sobretudo com a expansão do uso de testes rápidos e moleculares, o fortalecimento da testagem comunitária, a ampliação do acesso à terapia antirretroviral (TARV), às profilaxias (PrEP e PEP) e à vacinação contra hepatite B. Essas iniciativas, quando articuladas a práticas culturalmente sensíveis e à atuação dos Agentes Indígenas de Saúde, demonstram maior efetividade na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das IST.
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