Revista Missioneira

ADOECIMENTO MENTAL ENTRE PROFESSORES NO BRASIL

2025-06-03T20:25:39+00:00

Este trabalho aborda o sofrimento psíquico entre professores, destacando-o como um fenômeno resultante de múltiplos fatores estruturais e institucionais. A sobrecarga de trabalho, a precarização das condições laborais, a violência simbólica e física no ambiente escolar e o assédio moral por parte de gestores são apontados como elementos centrais que comprometem a saúde mental docente. Além disso, a conciliação entre as demandas profissionais e familiares intensifica o adoecimento, refletindo-se em quadros de estresse crônico, ansiedade, depressão e Síndrome de Burnout. O estudo evidencia a necessidade de políticas públicas contínuas que priorizem a valorização do trabalho docente, o acolhimento psicológico, a formação voltada à gestão emocional e a melhoria das condições de trabalho. Conclui-se que o enfrentamento do sofrimento psíquico requer uma transformação sistêmica, que transcenda soluções paliativas e promova um ambiente escolar mais saudável e humanizado.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA COMO FENÔMENOS SOCIAIS: INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CTS

2025-06-14T01:31:07+00:00

Este trabalho tem como objetivo introduzir os Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia (CTS) e discutir suas implicações teóricas, epistemológicas e pedagógicas a partir de uma abordagem crítica da ciência como fenômeno social. A pesquisa desenvolvida é de natureza bibliográfica, com levantamento e análise de obras clássicas e contemporâneas, utilizando como principais fontes plataformas como SciELO, Google Acadêmico, periódicos especializados e livros de referência. Foram analisadas contribuições centrais de autores como Thomas Kuhn, Bruno Latour, Sandra Harding, Donna Haraway, Sheila Jasanoff, G. S. Aikenhead, A. G. Ryan e Langdon Winner, os quais problematizam a noção de ciência neutra, objetiva e universal. A partir dessas contribuições, o estudo evidencia que a produção do conhecimento científico e tecnológico está situada historicamente, influenciada por contextos sociais, políticos e culturais, e marcada por disputas de poder. Os resultados reforçam a importância de uma ciência mais democrática, plural e comprometida com os desafios sociais, bem como a necessidade de integrar a perspectiva CTS nas práticas educativas, especialmente no ensino de ciências. Assim, este trabalho contribui para o fortalecimento de uma abordagem crítica que valoriza o diálogo entre ciência, tecnologia e sociedade, visando à formação de sujeitos mais conscientes e engajados.

O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES ESPECIALIZADAS NA CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL: DESAFIOS, AVANÇOS E PERSPECTIVAS

2025-07-30T23:05:52+00:00

Este estudo aborda o papel das instituições especializadas na construção da educação inclusiva no Brasil, destacando seus avanços, desafios e perspectivas. A partir de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, foram analisadas contribuições teóricas, documentos normativos e produções acadêmicas que discutem a atuação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), Instituto Benjamin Constant (IBC), APAEs e outras entidades. O objetivo foi compreender como essas instituições têm colaborado para a formação de profissionais, produção de materiais acessíveis, assessoramento pedagógico e fortalecimento de práticas inclusivas nas escolas regulares. Os resultados evidenciam uma ressignificação dessas instituições, que deixaram de atuar exclusivamente em contextos segregados para se tornarem parceiras estratégicas do sistema educacional. Ainda assim, enfrentam desafios como a escassez de recursos, preconceitos institucionais e fragilidades nas políticas públicas. A pesquisa contribui para ampliar o debate acadêmico, ao apresentar uma visão integrada e contextualizada da importância dessas entidades para a inclusão escolar no Brasil. Conclui-se que o fortalecimento dessas instituições, em diálogo com políticas públicas e formação docente, é fundamental para a efetivação de uma educação inclusiva que garanta o direito à aprendizagem e à cidadania para todos.

POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACESSO À TERRA

2025-08-04T13:12:30+00:00

A concentração fundiária é histórica no Brasil. Assim, visando reduzir as desigualdades no campo o governo brasileiro criou o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) como uma política pública de acesso à terra, para agricultores familiares sem-terra ou com pouca terra. Atualmente, o PNCF é composto por quatro principais linhas de financiamento: PNCF Social, PNCF Mais, Terra da Juventude e PNCF Empreendedor. A metodologia utilizada nesse estudo é bibliográfica e documental, com dados referentes a quantidade de atendidos pelo programa por munícipio de abrangência do COREDE Missões, número de hectares adquiridos e valores monetários envolvidos na aquisição de terras no período de 2018 a 2024. Se trata de pesquisa quanti-qualitativa e os dados foram analisados segundo a técnica de análise de conteúdo. Os resultados obtidos demonstraram que dos vinte e cinco municípios abrangidos por esse estudo, 7 apresentaram financiamentos através desse programa, totalizando 36 operações, envolvendo um montante de R$ 4.870.450,00, com um total de 327 hectares adquiridos. Assim, o crédito fundiário contribui para o fortalecimento da agricultura familiar, através do acesso à terra, para o processo de sucessão familiar, além de propiciar investimentos básicos na propriedade e assistência técnica aos atingidos por essa política pública.

O AMANHÃ DA SALA DE AULA: DE QUE MANEIRA A TECNOLOGIA ESTÁ REORIENTANDO O APRENDER E O ENSINAR

2025-08-07T15:08:37+00:00

A gradativa frequência da tecnologia no ambiente escolar tem instigado mudanças acentuadas na maneira como se aprende e se ensina. Este trabalho tem por objetivo investigar as consequências das inovações tecnológicas no universo educacional, evidenciando as mutações nos papéis de docentes e discentes, como também o sistema pedagógico. A metodologia empregada circundou acerca de revisão bibliográfica de autores atuais do âmbito da educação e tecnologia, além da exploração de artifícios em consonância com recursos digitais, inteligência artificial e ferramentas ativas mediadas por tecnologia. Os resultados assinalam que, ao englobar sistemas digitais, a sala de aula fica mais holística, singularizada e centrada no estudante, possibilitando a promoção de habilidades como independência, reflexão crítica e cooperação. Conclui-se que a atribuição do docente se converte em condutor de conhecimento para mediador do sistema de aprendizagem e que a tecnologia, à medida que bem empregada, não substitui o docente, mas aperfeiçoa sua intervenção, fomentando uma educação mais sugestiva e delineada às demandas do futuro.