CONSEQUÊNCIAS PSÍQUICAS, ÉTICAS E EDUCACIONAIS DO USO PRECOCE E DESREGULADO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.31512/missioneira.v26i3.2123Resumo
O presente artigo teve como objetivo analisar criticamente os impactos negativos do uso indevido dos meios eletrônicos e das tecnologias digitais em crianças e adolescentes. A pesquisa foi conduzida por meio de abordagem bibliográfica, com base na leitura e interpretação de três estudos científicos de referência nas áreas da psicologia, educação e psicanálise. O tema investigado compreendeu o uso excessivo de dispositivos digitais e os efeitos que essa exposição contínua provoca nas dimensões cognitivas, subjetivas e éticas do desenvolvimento. A análise dos materiais selecionados permitiu identificar prejuízos como dificuldades de atenção e autorregulação, esvaziamento da linguagem, fragilidade de vínculos sociais e desestruturação de experiências formativas. Verificou-se que a virtualização precoce das relações sociais interfere diretamente na construção da alteridade e da empatia, comprometendo a formação ética dos sujeitos. Concluiu-se que, embora as tecnologias digitais apresentem potencialidades, seu uso precoce e desregulado pode comprometer processos fundamentais de amadurecimento psicológico, exigindo ações educativas consistentes e o desenvolvimento de políticas públicas orientadas à regulação e ao acompanhamento responsável. Recomenda-se que futuras investigações ampliem a escuta direta de crianças e adolescentes, explorando estratégias de mediação tecnológica no contexto escolar e familiar.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Copyright (c) 2024 Cybele Pincowsca

Este trabalho está licensiado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.