Professor do curso de Farmácia participa de evento internacional sobre Erva-mate

31 de outubro de 2016

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Nos dias 5, 6 e 7 de outubro, o professor doutor Leandro Francescato, do curso de Farmácia da URI Santo Ângelo, participou do evento internacional “Erva-mate XXI: modernização no cultivo e diversificação do uso da erva-mate”, promovido pela Embrapa Florestas com o apoio do Ibramate, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Instituto Nacional de la Yerba Mate (Argentina), Emater/Ascar-RS, Emater/PR, Instituto de Florestas do Paraná, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná/Curitiba e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

O evento reuniu toda a cadeia produtiva do setor para discutir inovação e diversificação no cultivo e empregos desta planta nativa que hoje é cultivada por mais de 180 mil produtores rurais (o Brasil é o maior produtor mundial) e muito consumida nos mercados internacionais. Além de palestrantes brasileiros, o seminário também contou com palestrantes da Argentina e Uruguai. Estiveram presentes participantes de vários estados brasileiros, como também de países como Argentina, Paraguai e Uruguai, envolvendo agricultores, empresários, pesquisadores, técnicos, ervateiras, indústrias, formuladores de políticas públicas, entre outros.

O professor apresentou pôster de seu trabalho científico realizado em colaboração com aluno do curso, intitulado “Comparação de metodologias de determinação de cafeína por espectrofotometria em amostras comerciais de erva-mate”, avaliando novas alternativas para a determinação de cafeína em amostras de erva-mate.

O professor Francescato destaca que historicamente, a erva-mate teve grande importância econômica nos tempos das reduções jesuíticas, num passado próximo. “Foi fundamental para a economia de muitos municípios do Sul do Brasil e, atualmente, é o principal produto não madeireiro do agronegócio florestal na região. O setor ervateiro, que já teve um ciclo econômico no qual era chamado de “Ouro Verde”, passou por um longo período de estagnação, com consequente queda nos investimentos e no desenvolvimento de tecnologias. Atualmente, embora sem retomar as dimensões do passado áureo, o mercado ervateiro vem mostrando reação positiva e a descoberta do potencial da erva-mate pelo mercado internacional se mostra uma oportunidade de retomada de crescimento do setor”.

O setor de erva-mate tem muito a crescer, tanto em produtividade quanto em qualidade. Novos produtos e mercados também mostram um horizonte importante e promissor para a cadeia produtiva. “O setor ervateiro passa por um momento em que são necessárias discussões sobre novos produtos, mercados, exportação e inovação, além, é claro, dos desafios da pesquisa e atualização do sistema de produção da espécie para dar apoio a este salto”, ponderou o coordenador do evento, Ives Goulart.