8 de junho de 2016
O Diretor-Geral da URI Santo Ângelo, Gilberto Pacheco, foi escolhido por unanimidade, na terça-feira, 7, o novo Coordenador do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Santo Ângelo – o Conselhão.
Criado em julho de 2014, o órgão tinha na liderança, desde então, o empresário Lauri Müller, que anunciara seu afastamento em função de compromissos profissionais e observou que “a alternância na coordenação é fundamental para a renovação e bom andamento dos trabalhos”.
Em entrevista no programa “Aldeia Global”, da Rádio Sepé Tiaraju na manhã de quarta-feira, 8, Gilberto Pacheco disse que vê a criação do Conselho como uma decisão acertada do prefeito Andres. “É um espaço público não estatal com o papel de propor diretrizes para promover o desenvolvimento social e econômico do município. Ao meu ver, é um momento importante no qual as pessoas se reúnem para analisar, discutir, ouvir as ponderações, analisar o orçamento, as questões financeiras, que hoje são um grande problema para o estado e para o município. É um grande desafio para o gestor público”.
O novo Coordenador observou que no Conselho reúnem entidades como Acisa, CDL, Sindilojas, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, OAB, Receita Federal, Tribunal de Contas do Estado, URI, Emater, Iesa, empresários. “No momento em que o prefeito, a vice e os secretários estão presentes, troca-se informações e ideias. É um órgão consultivo que pode ajudar na gestão pública municipal”.
“No momento difícil por que passa o país, temos que intensificar o diálogo, acertar detalhes, fortalecer a democracia, defendeu Pacheco, acrescentando ser importante o Conselho conter uma pluralidade, pois ele conta com gente de todos os partidos discutindo, opinando, planejando. É um ambiente de reflexão e de ideias. Reconhecer as diferenças na busca do consenso: este é o grande desafio de todo gestor público”.
Referindo-se à experiência de Pacheco na gestão na URI, o apresentador do programa, Paulo Renato, questionou como ele vê as alternativas para buscar desenvolvimento.
“São tantas as dificuldades dos prefeitos hoje, a começar pela falta de recursos. Quando a economia de um país está em crise, há uma retração do consumo, e assim, recursos não circulam, não geram impostos, reduzindo cada vez mais as receitas dos municípios, dos estados e do governo federal. Precisamos ter um novo ânimo, um novo entusiasmo. Precisamos que esta crise nacional tenha o mais rápido desenrolar, pois ela repercute aqui em Santo Ângelo, como em todos os municípios do país. Então, é um grande desafio para empresários, gestores, para a pessoa física. O importante é analisar as questões orçamentárias de um município. Hoje, Santo Ângelo tem grandes dificuldades para fazer investimentos. No Conselho, nós temos acesso a todas as informações. O prefeito, com muita transparência, transmitiu os dados e as dificuldades são enormes. A folha de pagamento é muito alta, há os recursos obrigatórios na área da educação e da saúde. É um desafio enorme para todos os gestores. No Rio Grande do Sul, por exemplo, um estado endividado, a situação é difícil. Eu a acompanho há mais de 20 anos, no COREDE. Então, tem que ser tomada uma atitude. Tem que estancar este endividamento com decisões enérgicas, firmes”.
Pacheco elogiou a execução no RS, do Planejamento Estratégico das regiões. “Incentivado pelo governo estadual, o Planejamento Estratégico das regiões é um momento importante no qual os Conselhos Regionais de Desenvolvimento estão trabalhando. E é muito importante que o Conselhão participe deste planejamento nas Missões e quem sabe, no futuro, nós possamos ter um Planejamento Estratégico também para Santo Ângelo”.
(Fotos: Assessoria de Comunicação/Prefeitura de Santo Ângelo)
