XVII CIDEAD NA URI: A chamada “Economia Criativa” encara a criatividade como valor e como fonte de produção

15 de maio de 2019

 

Com o auditório do TecnoURI super-lotado, Santo Ângelo sediou, na noite de terça-feira, 14, o XVII CIDEAD- Ciclo Debates em Administração, promovido pelo CRA- Conselho Regional de Administração/RS.

O evento foi aberto pela coordenadora do curso de Administração da URI, Ana Rita Catelan Callegaro, que destacou a importância da interiorização do encontro e registrou sua satisfação pela grande adesão de participantes.

Na sequência, a vice-presidente de Relações Externas do CRA-RS, Helenice Reis, registrou que naquele dia, a Assembleia Legislativa Gaúcha havia concedido a Medalha da 55ª Legislatura ao presidente do Conselho Federal de Administração, Mauro Kreuz, e que a entrega foi feita pelo deputado Eduardo Loureiro, ambos egressos de Administração da URI Santo Ângelo. “Considerando o tema da palestra, meu desejo é que a partir de hoje aconteçam mais eventos semelhantes, e que muitos negócios possam ser criados”.

Por sua vez, o prefeito Jaques Barbosa destacou o valor das ideias para alavancar a economia, observando que “cabe a nós criar políticas públicas de apoio ao desenvolvimento. Precisamos muito da Universidade, pois é aqui que nascem e se desenvolvem as ideias”.

TALENTO E HABILIDADE COMO VALORES

A palestra “Economia Criativa” foi ministrada pela administradora Sheila Sampaio, especializada em Comércio Internacional, mestranda em Gestão e Negócios com dupla titulação Brasil/França. Com mais de 15 anos de experiência no mundo corporativo, atua nas áreas de relacionamento, comunicação e gestão de pessoas.

Sheila fez um resumo histórico sobre a evolução da atividade laboral, até chegar ao mercado de hoje, baseado em ideias que podem gerar empresas, e assim, trabalho e renda.

Ele explicou que a chamada Economia Criativa – baseada no talento e na habilidade -teve origem na Austrália nos anos 90 e se expandiu fortemente na Inglaterra, onde encontrou apoio do poder público para que a iniciativa privada se desenvolvesse. “A criatividade nunca foi valorizada como fonte de produção e não consta como ítem de currículos, mas hoje é objeto de estudos. Essa desvalorização da criatividade é fruto do nosso sistema educacional, que tolhe a criatividade, não investe no talento e limita o aluno com teto de notas, além de exigir uma média, que é algo regular, para considera-lo ‘aprovado’”.

Observando que vivemos a era pós-digital, Sheila afirmou que o grande capital de hoje é o talento e a criatividade. O humano está mais importante; ‘ser’ é mais importante do que ‘ter’ e o consumo está muito mais consciente.

A palestra teve como mediador o professor Benício Rodrigues e como debatedores, Helenice Reis e a administradora Daniele Ribas Pilau Christensen.