Seminário Acadêmico e Social marca o Dia da Mulher na URI Santo Ângelo

7 de março de 2017

Está agendado para dia 8 de março, às 17h, no auditório do prédio 13 da URI Santo Ângelo, o Seminário Acadêmico e Social “Sou Pagu: Mulheres, Vivências e Resistências na Sociedade Contemporânea”.

O evento é aberto à comunidade, com entrada franca.
A promoção é conjunta, e está a cargo do projeto de extensão “O lugar das mulheres na sociedade: uma abordagem do corpo e da defesa pessoal”, do Grupo de Estudos “Violência de Gênero”, do Grupo de Pesquisa CNPq “Direitos de Minorias, Movimentos Sociais e Políticas Públicas”, do Curso de Direito e da Marcha Mundial de Mulheres.
O Seminário denominou-se “Pagu”, remetendo à Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, escritora, poeta, diretora de teatro, tradutora, desenhista, cartunista, jornalista e militante política brasileira, que deixou profundas marcas na história recente do país em funçãodas atividades que desenvolveu, sempre à frente de seu tempo.
Nascida em 9 de junho de 1910, em São João da Boa Vista, SP, foi casada com Oswald de Andrade, com quem teve o filho Rudá de Andrade e mais tarde, casou com Geraldo Ferraz, com quem teve o filho Geraldo Galvão Ferraz.
Ligada ao teatro de vanguarda e militante política, entre outras atividades, Pagu foi presa diversas vezes pela polícia política de Getúlio Vargas.
Pagu publicou os romances Parque industrial (edição da autora, 1933), sob o pseudônimo Mara Lobo, considerado o primeiro romance proletário brasileiro, e A Famosa Revista (Americ-Edit, 1945), em colaboração com Geraldo Ferraz. Parque industrial foi publicado nos Estados Unidos em tradução de Kenneth David Jackson, em 1994, pela University of Nebraska Press, e na França com tradução e edição crítica de Antoine Chareyre, em 2015.
Escreveu também contos policiais, sob o pseudônimo King Shelter, publicados originalmente na revista Detective, dirigida pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, e depois reunidos em Safra Macabra (Livraria José Olympio Editora, 1998).
Em seu trabalho, junto a grupos teatrais, revelou e traduziu grandes autores até então inéditos no Brasil como James Joyce, Eugène Ionesco, Fernando Arrabal e Octavio Paz.
Faleceu em 12 de dezembro de 1962, vítima de câncer.